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Linhas de Pesquisa


Quando pensamos em pesquisa, seja no campo clínico, educacional, social e cultural, procuramos nos amparar em teorias que indagam questões fundamentais ao desenvolvimento do ser humano.
As linhas de pesquisa do Instituto Eu no Mundo nascem do entrelace entre ciência, filosofia e humanidade.
Entendemos que pesquisar não é apenas acumular dados, mas criar sentidos, dar voz às experiências silenciadas e abrir espaço para que a diversidade humana seja reconhecida como potência.
Nosso compromisso epistemológico é com uma investigação encarnada, ética e situada, que conecta teoria, prática e transformação social.
Nossos Pilares
Fenomenologia
A fenomenologia nos convida a escutar o mundo como ele aparece em primeira pessoa. Mais do que diagnósticos ou classificações, buscamos compreender como cada criança, jovem ou adulto percebe e é percebido em seu cotidiano.
Na escuta clinica e na educação, isso significa partir da experiência vivida, reconhecer os modos singulares de estar-no-mundo e valorizar a intersubjetividade que se constrói no encontro entre alunos, professores, famílias e comunidade.
A inclusão, nesse horizonte, nasce da escuta e da abertura ao fenômeno tal como ele se mostra.
A teoria de Donald Winnicott oferece uma das mais potentes chaves de compreensão do ser humano em sua constituição subjetiva e relacional, uma contribuição que ultrapassa os limites da clínica e alcança também o campo da educação.
Para Winnicott, o sujeito nasce em relação: é na presença de um ambiente suficientemente bom que a vida psíquica pode emergir. O vínculo, o gesto espontâneo, o brincar, o espaço potencial e a criatividade são fundamentos do desenvolvimento emocional. No campo clínico, isso nos convoca a sustentar um espaço de escuta onde o sujeito possa existir com autenticidade, sem se sentir invadido ou exigido a se adaptar. Já na educação, sua teoria nos inspira a criar ambientes que não moldem, mas acolham a originalidade de cada criança, reconhecendo que o aprender só é possível quando há confiança, liberdade de expressão e possibilidade de brincar com o mundo.
Winnicott
Filosofia da Deficiência
A Filosofia da Deficiência rompe com visões que reduzem a deficiência a um déficit individual. Ela propõe compreendê-la como diferença encarnada, situada e relacional parte constitutiva da diversidade humana.
Ao assumir esse olhar, reconhecemos que não há uma única forma de existir, mas múltiplos modos legítimos de viver e criar.
Essa perspectiva nos aproxima de epistemologias críticas e decoloniais, colocando a deficiência no centro do debate sobre democracia, justiça social e dignidade, e reafirmando a diferença como fonte de potência e criação coletiva.
Pedagogia da Singularidade
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